Governo pondera cortar pensões de forma definitiva

Porque é dos cofres da Caixa Geral de Aposentações que chegam as verbas para pagar as pensões dos funcionários públicos, o Estado quer reduzir custosO Governo pondera cortar as pensões de forma definitiva.

Só o Tribunal Constitucional pode impedir esta medida das Finanças que, numa outra frente, aposta nas rescisões amigáveis para diminuir os encargos com funcionários públicos.

Mais de 28 mil funcionários públicos deixaram a administração pública no ano passado. 60% reformou-se, o número de saídas do Estado é mais do dobro do que era exigido pela troika, mas os cortes não vão ficar por aqui.

Para alcançar a redução de 4 mil milhões de euros, o Governo estará a ponderar transformar o corte das pensões a partir de 1.350 euros numa medida permanente.

Porque é dos cofres da Caixa Geral de Aposentações que chegam as verbas para pagar as pensões dos funcionários públicos, o Estado quer reduzir custos com as reformas.

Mas um chumbo do Tribunal Constitucional sobre a contribuição extraordinária de solidariedade imposta pelo orçamento do estado inviabilizaria as pretensões do ministro Vítor Gaspar que, noutra frente, aposta na diminuição dos encargos com o pessoal - através da revisão da tabela salarial da administração pública e de um programa de rescisões amigáveis, parte fundamental do corte de 4 mil milhões de euros.

Os sindicatos temem que sejam os mais qualificados a abandonar a administração pública, mas, acima de tudo, criticam o Governo por não discutir com os trabalhadores.